quinta-feira, 30 de abril de 2009

E quando se perde?


Quando a abstinência bateu minha porta, assombrou meu travesseiro e sua voz não estava ao meu lado. Aonde senti dor e solidão, eu tive que viver em busca de algo que possivelmente ninguém encontrou sozinho. Felicidade é uma junção!

Quando a abstinência brigava com a realidade jogando na minha cara todos os erros que cometi, onde você estava com sua voz, eu não ouvia. Tive que passar por tudo, pela falta, pela discórdia, pela ferida e pelo plantio.

Acreditei que você nunca mais sentiria saudades com a mesma intensidade. Sentiu? - ha, sentiu!

Hoje eu lhe pergunto, sem que você ouça minha voz: E a abstinência, gostosa?

Sofra com a solidão que você plantou, todos merecemos o que queremos.

Mas volte, vamos viver de felicidade, todos merecemos o que queremos!


segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pedaços de mim

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

Martha Medeiros

sábado, 18 de abril de 2009

O dia de hoje

Acho que vou tirar o dia de hoje para refletir na vida sem muita maldade, sem muita hipocrisia.

Vou tirar minutos sem me preocupar se estarei perdendo horas de uma vida corrida e esperançosa. Sem dor ou medo, sem paz alucinante.

Vou bater tudo pra ficar homogêneo, mas sem fermento pra não crescer.

Nesse sábado de solitário não fico sozinho, só sem contato. Não diga que estou aqui para não me importunarem, diga algo que não seja mentira, não omissão, diga apenas que estarei vivendo uma paixão. A minha!

Acho que vou tirar o dia de hoje pra refletir não na vida, mas sobre ela.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Quem sou?

Sou detalhes do tempo, riso agourento, as horas não me importam e as dores não se mostram.
Sou pensamentos soltos traduzido em palavras.
Pensamentos demais e palavras de menos.
Sou excesso de idéias e falta de ação.
Sou gargalhadas, sou desespero. Mas também sou motivação.
Sou desavenças e cafunés, sou agonia embrulhada em papel de presente,
Sou labiritno e floresta. Mas se tem medo, nem tente.
Sou excesso de domingos e olhares perdidos.
Porque os que se encontram, se dividem.
Já fui saudades vividas intensa e religiosamente todas as as noites.
Mas hoje sou renovação.
Sou meia-noite todos os dias e nascer-do-sol todas as tardes.
Sou o resultado da invasão de pensamentos e atos que não me pertencem.
Sou palavras que não falo. As que falo não são minhas.
Sou o que quero, sou desmazelo e putrefação, sou metamorfose e metáforas.
Sou razão disfarçada de glória. Mas é apenas sobrevivência.
Sou teste de paciência. E sou linhas de raciocínio que se dissipam.
Sou uma incógnita, sou de gelo, mas também sou de sol.
De amarelo maduro e sementes de girassol.
Sou sussurros e berreiro. Sou confissões e devaneio.
Sou gemidos à meia luz e gesto que não produz.
Mas também sou filme, um dia, uma semana
Sou um bem, um biquíni, a grama...
Sou paixão... Sou dormir cedo e acordar tarde..
Sou arroz com feijão e matar a saudade..
Sou um doce, uma dança...
Sou um beijo ou um desejo.
Ou será que eu sou apenas goiabada com queijo?